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Além do Pulse Abarth: conheça 10 versões esportivas da Fiat no Brasil


Foto: divulgação


A Fiat finalmente lançou o Pulse Abarth, que vem para inaugurar uma nova fase da divisão esportiva da marca no Brasil. A marca italiana tem uma tradição de fazer versões ‘apimentadas’ de seus carros por aqui, que começou com o primeiro modelo da marca.


Para ser mais preciso, a Fiat é a marca que tem a maior quantidade de carros em versão esportiva na história da indústria automotiva brasileira.


E não estamos falando dos carros que só tem decoração! Listamos aqui 10 desses veículos que trazem mais desempenho, assim como o Pulse Abarth faz.


1. Fiat 147 Rallye


Foto: divulgação


Esse foi o primeiro Fiat esportivo nacional, lançado em 1979 — apenas três anos após o lançamento do 147. A versão Rallye nasceu em uma época onde o combustível era caro e manter um Dodge Charger ou um Chevrolet Opala SS com seus motores grandes era quase inviável.


A receita era simples: o motor 1.05 teve o deslocamento aumentado para 1.3 graças a um virabrequim com maior curso e ele passou a ser alimentado por um carburador Weber de corpo duplo. A potência de 72 cv parece pouca para os padrões atuais, mas é bom lembrar que Fiat 147 Racing pesava apenas 796 kg.


A decoração ficava por conta do spoiler na dianteira, para-choques pintados de preto, faróis auxiliares, faixas nas laterais e o emblema “Rallye” na grade. Por dentro ele trazia melhorias como instrumentação completa, cintos de três portos e acabamento melhorado.


A versão esportiva do 147 mudou o nome para Racing na linha 1983, mantendo o motor 1.3 e trazendo decoração esportiva atualizada. A última variação picante do compacto foi a TR, de quando o 147 mudou o nome para Spazio.


2. Fiat Oggi CSS


Foto: divulgação


Carros esportivos icônicos nasceram nas pistas e ganharam as ruas apenas para homologar a versão de competição. Tivemos um carro assim no Brasil, mas sem ficar famoso como é um Mitsubishi Lancer Evolution, por exemplo.


A Fiat fez 300 unidades do Oggi CSS com a intenção de homologar um carro mais competitivo no Campeonato de Marcas e Pilotos. O estilo era inconfundível: pintura preta, faixas vermelhas, aerofólio no porta-malas, spoiler no teto, rodas de liga leve e saias laterais.


Por dentro estava o cinto de segurança vermelho e volante similar ao usado pelo Lancia Stratos.


Mas o destaque mesmo é na mecânica. O motor teve deslocamento ampliado, passando a ser um 1.4, o cabeçote era novo e tinha fluxo melhorado. A potência ficava em 78 cv e o torque era de 11,4 kgfm.


A suspensão ganhou atenção especial: barras estabilizadoras mais grossas nos dois eixos, homocinéticas reforçadas e bandejas com novo desenho, que mais tarde seriam usadas pelo Uno. A direção mais direta junto da cambagem mais negativa das rodas faziam desse sedã um carro esperto em curvas.

O Oggi CSS teve carreira curta nas pistas, correu apenas entre 1984 e 1985. Ele foi substituído pelo Uno, com projeto mais moderno.


3. Fiat Uno 1.5R e 1.6R


Foto: divulgação


“Respeita a tampa preta!” Essa expressão virou meme após alguém usar na internet defendendo o desempenho do Volkswagen Up TSI. Mas quem fez o primeiro hatch esportivo com tampa do porta-malas pintada de preto foi a Fiat, com o Uno 1.5R.


Essa foi a segunda versão esportiva do compacto italiano no Brasil, antes existiu a discreta SX. O 1.5R elevou o patamar de desempenho para poder brigar com Gol GT e Ford Escort XR3, trazendo o motor argentino 1.5 Sevel usado no Premio.


Para a versão R ele ganhava um veneno extra: taxa de compressão maior, comandos esportivos, e coletor de admissão redimensionado. O resultado eram saudáveis 85 cv, que graças ao baixo peso de 872 kg fazia ele andar perto de carros com motores maiores.


Na linha 1990, o motor Sevel cresceu para 1.6, mas não trazia preparação diferenciada ao usado no Premio e na Elba. Ainda assim, o 1.6R trazia bons 88 cv. Na linha 1993 que veio uma grande melhoria com a adoção da injeção eletrônica, que subiu a potência para 92 cv. Mas o melhor chegaria em 1994, como vamos ver no item a seguir.


4. Fiat Uno Turbo


Foto: divulgação


O primeiro carro brasileiro com motor turbo de fábrica foi o Fiat Uno Turbo. O 1.6R era ágil e divertido em estradas sinuosas, mas ficava ofuscado pelo potente motor AP 2.0 do Gol GTI e pelo Família 2 do Kadett GSI.


Graças a um motor 1.4 turbo de 118 cv importado da Itália, o Uno passou a ser o carro mais rápido do Brasil. A aceleração de 0 a 100 km/h era feita em 9,2 segundos e a velocidade máxima era de 195 km/h. Ele trazia freios a disco nas quatro rodas e suspensão com acerto mais esportivo.


Esse motor era um turbo a moda antiga, que só enchia a 3.000 rpm. O comportamento é bem diferente dos turbos atuais. O Uno Turbo só foi superado por outro carro da Fiat.


5. Fiat Tempra Turbo e Stile


Foto: divulgação


A Fiat chegou aos anos 90 consolidada no mercado de carros compactos. Versões mais caras da Elba e do Premio tentavam incomodar carros maiores, mas sem sucesso. O Tempra veio para ser um rival direto de Monza e Santana, colocando a Fiat de vez em um segmento superior.


O sedã tentou impressionar pelos equipamentos, acabamento e o tempero italiano do motor projetado por Aurelio Lampredi. O Tempra já teve a primazia de usar o primeiro motor 16 válvulas do país, mas ele ficou realmente interessantes em 1995 com o motor turbo.


Esse propulsor 2.0 8 válvulas turbo de 165 cv e 26,5 kgfm era parente do usado pelo Lancia Delta HF Integrale. Ele foi oferecido em duas versões: o Tempra Turbo de 2 portas, com estilo mais esportivo, e o Stile de 4 portas, com pegada mais executiva e luxuosa.


O Tempra tomou do Uno Turbo a posição de carro mais veloz do Brasil, com velocidade máxima de 220 km/h. O Temrpa Stile competia com o Omega CD em luxo, trazendo ar-condicionado automático, CD-player, computador de bordo e bancos em couro natural.


6. Fiat Tipo Sedicivalvole


Foto: divulgação


A abertura das importações trouxe mais opções de carros esportivos ao Brasil. Uma categoria que ficou muito disputada foi a dos hatches médios, com modelos como o Golf GTI, Honda Civic VTI e Citroën ZX Volcane.


A Fiat entrou no jogo com uma receita diferente da usada pelo Uno e pelo Tempra nessa época. Ela trouxe ao Brasil o Tipo Sedicivalvole, que usava uma versão mais brava do 2.0 16 válvulas.


Na Itália esse motor rendia 147 cv, mas por aqui a Fiat homologou como 137 cv. Independente do número, o carro andava muito: a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em menos de 9 segundos.


Esse Fiat esportivo durou pouco tempo no Brasil. O Tipo foi nacionalizado após sair de linha no exterior, mas as versões com motor 2.0 não vieram.


7. Fiat Marea Turbo


Foto: divulgação


Alvo de piadas injustas, o Fiat Marea foi um dos carros mais avançados do Brasil em sua época. O sucessor do Tempra ficou maior, mais equipado e tinha como destaque os modernos motores de 5 cilindros da família Pratola Serra.


Lá fora o topo da gama era o 2.4 aspirado, mas a Fiat do Brasil decidiu ousar e fazer um Marea mais esportivo em 1999. Ela usou o 2.0 turbo 20v de 182 cv que era oferecido pelo Fiat Coupé e por carros da Lancia para criar o carro mais potente do país.


Com o fim do Omega, não existiam sedãs médios e grandes nacionais com mais de 140 cv para competir com o Marea Turbo. O Vectra estava no mesmo segmento, mas não trazia versão esportiva. Sua competição foi de forma indireta contra o Golf GTI e o Audi A3 1.8T.


O motor turbo também era ofertado na perua Marea Weekend, dando uma opção de carro familiar a pais e mães entusiastas. Essa perua chegou a correr nas Mil Milhas de Interlagos. E sem dar problemas.


8. Fiat Stilo Abarth


Foto: divulgação


O nome Abarth estreou no Brasil em uma época onde ele estava em baixa. A Fiat italiana usava a preparadora para cuidar de competições e usava o seu nome de forma esporádica em alguns carros esportivos.


O Stilo Abarth tem uma pegada mais próxima do Tempra Stile, de ser um carro luxuoso com desempenho mais esperto, que de um hot hatch. O seu motor era o 2.4 20v do Marea, mas com coletor de admissão variável e rendendo 167 cv.


O show ficava no interior, que trazia itens que até hoje são difíceis de encontrar em carros nacionais: seis airbags, computador de bordo com tela coloridas, ar-condicionado de duas zonas com sensor de qualidade do ar, faróis de xenônio, faróis e limpador de para-brisas automáticos, teto solar panorâmico e controle de estabilidade.


Ter todo esse luxo cobrava seu preço, que passava dos R$ 70 mil quando equipado com todos os opcionais. E para 2003 isso era muito dinheiro, valor de BMW.


9. Fiat Punto T-Jet


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Esse quase foi o segundo Abarth do Brasil. O Punto tinha uma versão Abarth na Europa, trazendo o mesmo motor 1.4 turbo de 152 cv do nosso T-Jet. A diferença ficava pelo câmbio de seis marchas, contra o de cinco usado por aqui devido a plataforma diferente.


Outra diferença do nosso Fiat Punto esportivo para o italiano era ter carroceria de quatro portas, o Abarth genuíno só foi feito com duas portas. Mas adotamos por aqui os para-choques e outros adereços do modelo gringo.


Tirando essa questão de nome, o Punto T-Jet reviveu o segmento de compactos esportivos no Brasil. E seguindo a tradição, a Fiat recheou o modelo de equipamentos: seis airbags, GPS integrado ao painel, teto solar e faróis automáticos.


10. Fiat 500 Abarth


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O Fiat 500 chegou de forma discreta ao Brasil, em 2009, importado da Polônia e com preços altos. Quando passou a ser feito no México, ganhou mais versões e precificação mais agressiva. A versão Abarth demorou a chegar, estreando apenas em 2014.


Lá fora existiam versões do pequeno Fiat esportivo de 135 a 180 cv, para o Brasil foi escolhida uma calibração de 167 cv. Apesar de ser um 1.4 Fire turbinado, esse não era o T-Jet do Punto e do Bravo, ele trazia o sistema MultiAir.


Com o peso de 1.164 kg e câmbio manual, o Fiat 500 Abarth era mais rápido que o novo Pulse Abarth: fazia de zero a 100 km/h em 6,9 segundos. Pena que o modelo chegou tarde e durou apenas dois anos no nosso mercado.


Fonte: AutoPapo

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