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Quer carro esportivo? Listamos os reais e os que são só visual


Foto- Divulgação


Quem quer um carro esportivo no Brasil dispõe de um leque de escolha bastante reduzido. Isso porque, ao menos no mercado de veículos zero-quilômetro, a maioria das opções têm preços acima de R$ 200 mil. Quem não dispõe de tanto dinheiro tem apenas quatro modelos à disposição, como mostra o levantamento da Giba Escapes.


Por outro lado, há também os “esportivados”: automóveis com visual incrementado, graças à adição de elementos como spoilers e aerofólio, mas sem qualquer diferenciação mecânica em relação às suas versões convencionais. Nesse caso, a aparência é agressiva, mas a dirigibilidade revela-se pacata. É uma espécie de “mundo de faz-de-conta” automotivo, no qual a agressividade é pura fantasia estilística.


A Giba Escapes separou o joio do trigo: listamos quais são as autênticas opções de carro esportivo e quais são “de mentirinha”, em uma faixa de preço que vai até R$ 200 mil. Eles estão agrupados em duas categorias: legítimos e “fantasiados”. Confira:


Carro esportivo de verdade


1. Renault Sandero RS


Foto - divulgação


O Renault Sandero RS é o carro verdadeiramente esportivo mais acessível do mercado brasileiro. Ele custa R$ 67.790 na versão convencional e R$ 69.690 na série especial Racing Spirit. Ambas trazem motor 2.0 aspirado, capaz de gerar 150 cv de potência com etanol e 145 cv com gasolina.


O torque é de 20,9 kgfm com o primeiro combustível e de 20,2 kgfm com o segundo. Mais que suficientes para dar ótimo desempenho ao veículo, já que seu peso é de apenas 1.161 quilos.


Além do motor potente, o pocket rocket tem câmbio manual de seis marchas, com relações bem curtas. O pacote de alterações mecânicas inclui ainda freios a disco nas quatro rodas e suspensão recalibrada, bem mais firme que a das demais versões. Isso sacrifica o conforto, mas proporciona ótima estabilidade.


O interior é simples como em todo Sandero, mas traz volante, pedaleira e bancos esportivos.


2. Peugeot 208 GT


Foto - Divulgação


Por R$ 87.290, é possível adquirir outro autêntico carro esportivo: o Peugeot 208 GT. O bom desempenho é garantido pelo motor 1.6 THP (sigla para Turbo High Pressure), que desenvolve 173 cv de potência com etanol e 166 cv com gasolina.


O torque é de 24,5 kgfm com ambos os combustíveis, e surge a apenas 1.400 rpm. Essa força é gerenciada por um câmbio manual de seis marchas.


Assim como no Sandero RS, a suspensão foi enrijecida e os freios ganharam discos nas quatro rodas. O interior não traz grandes diferenciações em relação ao restante da gama, mas há o essencial, como pedais de alumínio, bancos com abas mais estreitas e volante com pegada mais firme.


3. Volkswagen Golf GTI


Foto - divulgação


O Golf GTI é sempre lembrado quando o assunto é carro esportivo. A versão mais potente da gama surgiu em 1976, quando o modelo ainda estava na primeira geração. Desde então, ela não deixou mais de ser oferecida.


Atualmente, ela entrega nada menos que 230 cv de potência e 35,7 kgfm de torque, desenvolvidos por um motor 2.0 turbo. Acoplado a ele, há um câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas. Mas tudo isso tem seu preço: R$ 149.290.


No mais, o Golf GTI segue a receita básica de todo hot hatch, com componentes preparados. A suspensão, além de uma recalibragem, recebeu conjuntos traseiros do tipo multilink, que permitem ótima estabilidade sem sacrificar tanto o conforto.


Até a direção foi reprogramada para propiciar maior controle ao motorista. Do mesmo modo, o interior traz volante, pedais e bancos esportivos.


O revestimento é em tecido com estampa xadrez, uma tradição que perdura por toda a trajetória do modelo. Porém, se o comprador não gostar, pode adquirir, opcionalmente, os estofados em couro.


Vale lembrar que a linha de esportivos da Volkswagen vai crescer neste ano. É que a marca alemã vai lançar no Brasil o Jetta GLI, com mecânica idêntica à do Golf GTI, além de Virtus e Polo GTS. Esses dois últimos terão motor 1.4 turbo de 150 cv e câmbio automático de seis velocidades.


4. Honda Civic Si


Foto - Divulgação


Entre todos os veículos desta lista, o Civic Si é o único que não tem produção nacional. Exatamente por isso, ele é o mais caro: custa R$ 162.900. Nem por isso ele é o mais potente, pois seu motor 1.5 turbo rende 208 cv e 26,5 kgfm.


De qualquer modo, os números são suficientes para assegurar ótimo desempenho. Já o câmbio, manual de seis marchas, é feito sob medida para os puristas.


Se em desempenho o Civic Si não é campeão, na aparência ele é insuperável. Isso porque o modelo é o único carro esportivo da lista com uma carroceria exclusiva, do tipo cupê, com duas portas. Essa solução, em conjunto com os bancos de assento baixo, permite uma posição perfeita de pilotagem.


A suspensão é muito firme, com foco total na dirigibilidade, em detrimento do conforto ao rodar. Por fim, além de freios mais parrudos, há um diferencial de deslizamento limitado, único no segmento.


Carro esportivo “de mentirinha”

Até aqui, tudo o que se viu foi carro esportivo, no sentido literal. Porém, a partir de agora, prepara-se para desacelerar. Chegou a vez dos modelos cuja preparação não vai além do visual. Preste atenção às fantasias, pois nenhum deles tem dirigibilidade latente. Acompanhe:


1. Renault Sandero GT Line



Foto - Divulgação


A linha Sandero é ambígua: tem opções verdadeiramente “quentes”, mas também versões de esportividade apenas visual. No segundo caso, trata-se da configuração GT Line, que parte de R$ 49.290 quando equipada com motor… 1.0! São 82 cv e 10,5 kgfm com etanol, ou 79 cv e 10,2 kgfm com gasolina. Uau! Só que não…


Mas ele também está disponível com propulsor 1.6, que melhora o desempenho, porém eleva o preço para R$ 57.990. Nesse caso, a potência vai para 118 cv com o combustível vegetal e para 115 cv com o derivado do petróleo, enquanto o torque é de 16 kgfm com ambos. Mesmo assim, os números passam longe de empolgar. O câmbio, independentemente da motorização, é manual de cinco marchas.


Pelo menos o visual é caprichado. O para-choque dianteiro é o mesmo do Sandero RS, mas traz outras tramas protegendo as entradas de ar. Há ainda spoilers laterais e traseiro, além de rodas de liga leve de 16 polegadas. Quem o vê, até pensa se tratar de um carro esportivo propriamente dito!


2. Chevrolet Onix Effect


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Que tal um carro esportivo com um “empolgante” motor 1.4 aspirado? Assim é o Onix Effect, que desenvolve 106 cv de potência com etanol e 98 cv com gasolina. O torque é de 13,9 kgfm com o primeiro combustível e de 13 kgfm com o segundo. Tudo gerenciado por um câmbio manual de seis marchas.


O preço, de R$ 56.490, ao menos inclui visual bem-resolvido. O modelo recebeu spoilers laterais, aerofólio e de rodas de liga pintadas de preto. A mesma cor tinge o teto e os retrovisores externos.


4. Hyundai HB20 R-Spec


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Outro da turma do faz de conta é o Hyundai HB20 R-Spec. Sob seu capô, há o mesmíssimo motor 1.6 16V que equipa as versões mais caras da linha. Ele desenvolve, com etanol, 128 cv e 16,5 kgfm. Com gasolina, são 122 cv e 16 kgfm. A única opção e câmbio é um automático de seis marchas. Preço: 64.990.


O mais interessante é que, visualmente, o hatch de origem coreana nem traz roupagem completa de carro esportivo. Além da grade frontal com design mais elaborado, há apenas rodas e retrovisores pintados de preto, além de saias laterais. Ah, sim, também não há nenhum elemento cromado na carroceria. Isso é que é agressividade, hein?


5. Volkswagen up!


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Desempenho é o que não falta ao up! equipado com motor 1.0 TSI. Capaz de desenvolver 105 cv com etanol e 101 cv com gasolina, além de 16,8 kgfm de torque com os dois combustíveis, o propulsor sobra para os 971 kg de peso do veículo.


Provavelmente, foi isso que motivou a Volkswagen a oferecer a versão Pepper, com visual incrementado. Mas o fabricante nem se deu ao trabalho de ornamentá-lo com um body kit: apenas pintou o teto de preto, tingiu os retrovisores e um friso frontal de vermelho e instalou rodas de liga leve.


Contudo, o maior problema é que, apesar da boa performance, é exagero chamar o up! Pepper de carro esportivo. Ele não é capaz de superar, em linha reta, os modelos verdadeiramente “venenosos” dessa lista. Em curvas a situação fica ainda mais complicada para o carrinho, já que suspensão, direção e freios são rigorosamente os mesmos do restante da linha.


Nem mesmo o motor 1.0 TSI é exclusivo dessa versão: ele também está disponível para as configurações Move e Cross, que não evocam agressividade sequer na estética. Verdade seja dita, nem mesmo a Volkswagen classifica esses modelos como esportivos.


Em vez disso, a marca alemã prefere destacar em seu material publicitário a eficiência energética do up!. Faz sentido, já que esse propulsor concilia desempenho e economia de combustível de modo exemplar.


6. Fiat Argo HGT


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Perto dos outros pseudo-esportivos da lista, o Argo HGT até que não faz feio. É o único que tem suspensão recalibrada em relação às demais versões, que lhe assegura uma estabilidade um pouco maior.


Porém, não busque esportividade na hora de acelerar.Isso porque ele é movido pelo mesmo motor 1.8 da versão Precision, cuja potência é de 139 cv com etanol e de 135 cv com gasolina. E os valores de torque? São 19,3 kgfm e 18,7 kgfm com os dois combustíveis, respectivamente.


Não que o hatch da Fiat seja fraco, mas não dá para classificá-lo como carro esportivo. Inclusive porque ele não é exatamente leve: a versão HGT pesa a partir de 1.243 kg quando equipada com transmissão manual de cinco marchas.


Com esse conjunto, o modelo custa R$ 70.990. Ele também pode ser equipado com um câmbio automático de seis velocidades, que eleva o peso para 1279 kg, enquanto o preço sobe para R$ 74.990.


Todavia, não se pode negar que ao menos o Argo HGT cumpre a promessa de esportividade visual. Ele é dono da roupagem mais bem-cuidada, com direito a spoilers, rodas de liga leve diamantadas e arcos plásticos nos paralamas. Se é só para fantasiar, ao menos o fabricante o fez direito.


7. Toyota Corolla XRS


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O Corolla tem fama de ser “carro de tiozão”. E no que depender da versão XRS, essa sina deve continuar. É que ela traz exatamente a mesma mecânica das configurações XEi e Altis. Ou seja, há motor 2.0 de 154 cv com etanol e 143 cv com gasolina, com torque de 20,7 kgfm para o primeiro combustível e de 19,4 kgfm para o segundo.


Tratam-se de números apenas suficientes para seu peso de 1.345 kg. O câmbio é sempre automático do tipo CVT, com sete marchas simuladas.


Se no comportamento dinâmico o sedã não tem nada de entusiasmante, no visual, ele até consegue se destacar. Afinal, ele exibe spoilers nos dois para-choques e nas laterais, além de um aerofólio na tampa traseira e de rodas diamantadas.


Porém, nem a decoração de carro esportivo parece justificar os R$ 111.990 que a Toyota cobra por ele.


Fonte: AutoPapo

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